7.6.06

Continuamos pelo país

A MENINA QUE NÃO SABIA O QUE ERA O MEDO

Para Meninos e meninas dos 2 aos 5/6 anos,
seus pais e educadores

Concepção
Susana Arrais
interpretação
Susana Arrais ou Paula Pais
Texto
Miguel Barros
Músicas
Vera Quintanilha e
Susana Arrais
Produção
Ovo Teatro/Fábrica de Peças
Design Gráfico
Carlos Moura

Teatro para bebés e meninos pequeninos-pequeninos



Teatro para bebés e meninos pequeninos-pequeninos

TEATRO E LABORATÓRIO

É pela actividade criadora que o homem se constrói na sua abertura ao mundo e no próprio movimento da vida, tornando-se naquilo que criou para si e para os outros, realizando-se a si próprio. O teatro é uma das expressões nobres dessa necessidade criadora.

E o “faz-de-conta” surge como forma primordial de Teatro. É aqui o lugar do faz-de-conta. Neste espaço que criámos para abrir caminhos de descobertas e aprendizagens.

O teatro, a imitação, o faz-de-conta, o jogo, são actividades que nos são inatas e, desde que nascemos, é através delas que aprendemos, que nos relacionamos com os outros, que questionamos o mundo e o tornamos nosso.

“A criação teatral permite enfrentar o desconhecido que nos provoca medo, permite o acesso ao simbólico, a criação da linguagem e a apropriação do mundo pelo sujeito”
Mireille Grage

É em actividades como o teatro, em que se exploram as capacidades expressivas e afectivas das crianças, que se encontra, também, uma forma de alertar e estimular os pais e educadores para a criatividade.
E é em actividades como o teatro em espectáculo ou laboratório, que acreditamos estar a abrir um espaço de partilha entre os bebés e crianças com os seus pais e/ou educadores (onde estão os seus vínculos de confiança básica) para que, conjuntamente, se arrisquem a brincar, a sentir, a expressar-se, a criar e a aprender.
Susana Arrais

A MÚSICA

Visto que a música, antes de ser um factor cultural é um imperativo biológico, daí a sua importância na vida do ser humano, ela deve ser tratada com a maior atenção e proporcionada à criança desde a mais tenra idade.
O feto vive impregnado de sons no aconchego do seio materno. O bater do coração da mãe imprime-lhe o ritmo da vida. Do interior do seu ninho chegam-lhe os sons do trabalho do organismo materno através da respiração, da digestão, da circulação do sangue... Do mundo exterior chega-lhe a voz da mãe, talvez do pai e de todo o ambiente sonoro que o cerca com uma intensidade de 30 Dcb. ( Numa sala de concerto são 90 Dcb). Agita-se ou distende-se quando ouve música porque lhe é sensível. Weinberger chega a afirmar que “o útero é a primeira sala de concertos”.
Optou-se pela voz humana como principal suporte musical e de comunicação por ser um veículo de afectos, quando utilizada com essa intenção. Porém, outros instrumentos foram também utilizados como a flauta, a viola, a pandeireta…
Vera Quintanilha

O PAPEL DOS PAIS E EDUCADORES


Os acompanhantes (pais, educadores) são convidados a participar, quer através do movimento, quer da mímica ou da música.
Pedimos aos pais e/ou educadores para estimular a participação dos meninos, quando ela é solicitada, não forçando nem castrando a espontaneidade.
É importante que a criança descubra o seu papel neste jogo que é o teatro, jogando-o, aprendendo as regras, imitando os adultos presentes e depois jogando livremente.
Convidamos os pais a (re)descobrir o jogo teatral através dos seus meninos, aprender com eles na sua espontaneidade e capacidade para o faz de conta.

4.6.06

OVO TEATRO


O Ovo Teatro é uma estrutura informal da Companhia de Teatro Fábrica de Peças e surgiu do encontro de 4 pessoas, cujo interesse e trabalho, em diferentes áreas, dirigido para a primeira infância era já vasto. São elas:
Susana Arrais (Teatro),
Vera Quintanilha (Música),
Marc Bonnet (Psicomotricidade)
Anália Cascais (Directora da Creche Nª Sªda Conceição, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa).
Este encontro, foi promovido pela Dra. Anália Cascais (na altura directora da creche de S. José da Stª. C. Misericórdia de Lisboa.), que sabia dos nossos interesses individuais, para uma colaboração mais estreita com as educadores, pais e bebés daquela creche.
O objectivo era proporcionar àqueles pais e bebés uma experiência gratificante e globalizante na área das expressões e motricidade, reflectindo sobre a mesma e construir um espectáculo que fosse ao encontro das necessidades e expectativas do bebé e seus pais tendo em conta as suas reacções e sugestões.
Foi, então, por meio de sessões de teatro, música e movimento, sempre na presença e colaboração das educadoras, bem como de uma pesquisa e discussão constantes, que fomos dando corpo ao primeiro espectáculo NãNãNã. E este tem sido desde então o nosso método.